Pesquisa divulgada pelo CISA aponta que vítimas de violência doméstica, abuso sexual e outros eventos traumáticos na infância podem desenvolver transtornos relacionados ao uso de álcool na vida adulta
Os transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas têm prevalência preocupante entre os jovens, de tal forma que aproximadamente 67% das pessoas com histórico de dependência de álcool são diagnósticas antes dos 25 anos de idade.
De acordo com pesquisa divulgada pelo CISA a ocorrência de eventos potencialmente traumáticos, como abuso sexual, agressão física ou Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), é um importante fator de risco para o desenvolvimento de transtornos relacionados ao uso nocivo de álcool nesta população.
O estudo, realizado nos Estados Unidos, acompanhou por oito anos 1.753 jovens adultos, com idade entre 18 e 26 anos. Durante o período, os pesquisadores avaliaram o histórico da ocorrência de eventos traumáticos, tais como castigos físicos, testemunhos de violência e histórico do abuso de álcool e outras drogas, inclusive por familiares.
Os resultados indicam que variáveis como a idade, o gênero e a ocorrência de eventos traumáticos são relevantes para o entendimento do abuso do álcool por jovens adultos. Segundo a pesquisa, ser do sexo masculino, ter entre 18 e 20 anos de idade e ter testemunhado violência ou ter sofrido TEPT nos últimos seis meses foram considerados como fatores preditivos para o abuso de álcool no último ano.
Outro ponto do estudo aponta que o abuso sexual influencia a relação entre gênero e uso de álcool. Mulheres com histórico de abuso sexual apresentam maior risco para o desenvolvimento de abuso de álcool em relação aos homens que sofreram o mesmo tipo de violência.
De forma geral, a pesquisa indica fatores de relevância para o entendimento do abuso de álcool por jovens e para o planejamento de estratégias de prevenção e tratamento deste problema, que cada vez mais tem ocorrido no período de transição da adolescência à vida adulta.
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